quarta-feira, 1 de abril de 2009

Maya


Acordei trauteando "Vem viver a vida, amor". Passaram 35 anos e a mãezinha continua por aí.
Já não tenho medo das caves desertas pela noite, dos castigos no quarto escuro, dos uivos do L., dos galinheiros abandonados nos pesadelos, da morte.
A menina beijou a mãe no rosto; acenou-lhe um adeus e ficou a vê-la desaparecer no fim da rua. Amanhã voltarão a beijar-se, com a mesma certeza, como se esse fosse o momento derradeiro.
Uma fracção de segundo.

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