quinta-feira, 7 de maio de 2009

Éolo


Éolo - Pormenor de "O nascimento de Vénus", de Sandro Botticelli

“Sabes de onde vem o vento?” – perguntou-me o menino.
“Não.” – respondi, sem grande convicção.
“O vento vem das árvores.”
“Das árvores?”
“Sim, das árvores. Quando as folhas das árvores se mexem e balançam, fazem vento. Quando as árvores param, já não há vento. Percebes?”
Ajudei-o a descer do muro alto para que não se magoasse. Trazia um sorriso iluminado pelo contentamento de me ter ensinado algo tão evidente.
De facto, como não tinha reparado antes?
Agora sei. O vento vem das árvores.

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